“Você não constrói uma empresa. Você constrói o time, e o time faz a empresa” – essa frase tão utilizada atualmente pelas organizações mais inovadoras do mundo dá um indicativo claro da importância que devem ter os trabalhadores para todo empregador, seja ele público ou privado, que preze pelo sucesso e sustentabilidade de sua gestão. Afinal eles são a própria organização, produzem o PIB do país, compõem os Poderes da democracia, cada um, representativamente, é uma peça do quebra cabeça chamado NAÇÃO.
Por essa razão, a falta e os afastamentos do trabalho devem estar na pauta de todo bom Gestor deste século. Como enfrentar esse desafio e manter o time motivado, saudável, colaborativo e produtivo?
Talvez um dos caminhos mais tradicionais seja recuperar e reintegrar os trabalhadores/servidores afastados por acidentes e doenças, capacitando-os e acolhendo-os adequadamente, vocês concordam?
A Reabilitação Profissional é um processo que resgata o trabalhador afastado do trabalho, preservando sua qualidade de vida, autoestima, dignidade e motivação, oferecendo condições dele retornar e recompor o time e ao mesmo tempo retomar a sua vida como cidadão.
O INSS que é o Órgão responsável legal pela Reabilitação Profissional dos trabalhadores regidos pela CLT, não tem atendido a contento essa sua responsabilidade, deixando muito a desejar, conforme relatado na minha entrevista à revista Proteção, edição de fevereiro de 2019.
E os servidores públicos estatutários, caso necessitem, são atendidos pelo INSS? A resposta é não e sem reabilitação profissional o destino daqueles servidores que estão eventualmente incapacitados, é a aposentadoria, independentemente de sua idade.
Precisamos repensar seriamente a importância das pessoas em nosso país. Queremos recuperar nossa força de trabalho ou descartá-la?
Paulo Dias de Campos - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Especialista em Saúde Pública e Promoção da Saúde - Diretor do Centro Brasileiro de Segurança e Saúde Industrial-CBSSI
